REVOGADO PELO DECRETO Nº 40/2013

 

DECRETO Nº 32, DE 08 DE MAIO DE 2013

 

REVOGA O DECRETO Nº 016/2004 QUE REGULAMENTOU O PROGRAMA DE HABITAÇÃO POPULAR INSTITUÍDO PELA LEI MUNICIPAL Nº 585/2003.

 

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A PREFEITA MUNICIPAL DE PRESIDENTE KENNEDY, Estado do Espírito Santo, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas por Lei, em observância ao disposto na Lei Municipal nº 585, de 20 de junho de 2003,

 

DECRETA:

 

Art. 1º O Programa Municipal Habitação Popular, criado pela Lei Municipal nº 585, de 20 de junho de 2003, vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social, é destinado a executar projetos e medidas de apoio à realização de planos e ações municipais de habitação para o atendimento à população de baixa renda, a promover a ascensão social das famílias e a propiciar, em relação a essas famílias:

 

I - redução gradual do déficit habitacional;

 

II - atendimento da demanda de habitação das novas famílias;

 

III - condições para melhoria e ampliação de habitações já existentes;

 

IV - acesso aos serviços urbanos essenciais;

 

V - implantação de lotes urbanizados;

 

VI - financiamento da aquisição de material de construção, para melhoria e reforma de habitações existentes;

 

VII - relocalização de habitações situadas em áreas de risco;

 

VII - estímulo e fortalecimento da capacidade de organização comunitária.

 

Art. 2º No Programa Municipal Habitação Popular é criado o Projeto Habitação Popular para Melhoria das Condições e Ampliação de Habitações já Existentes, que permitirá ao Poder Executivo:

 

I - Doar materiais de construção para execução direta do beneficiário;

 

II - Reformar ou ampliar habitações, melhorando as condições das habitações já existentes;

 

III - Construir habitações em terreno concedido pela municipalidade ou em terreno de propriedade do beneficiário, podendo ser em parceria com o Estado, a União, com as Iniciativas Privadas e Cooperativas;

 

IV - Conceder aluguel social;

 

V - Adquirir áreas para fins de utilização no Programa de Habitação Popular;

 

VI - Realizar parcerias com as iniciativas privadas e cooperativas, objetivando a implantação de loteamentos populares municipais;

 

VII - Implantar desmembramentos para fins de lotes populares;

 

VIII - Edificar condomínios verticais.

 

Art. 3º As atividades do Programa de Habitação Popular serão executadas pelo Município de Presidente Kennedy através da Secretaria Municipal de Assistência Social ou outro órgão municipal que venha a sucedê-la.

 

Parágrafo Único - Compete ao órgão responsável pela execução do Programa de Habitação Popular:

 

I - Executar o Programa e os projetos relacionados com habitação popular;

 

II - Acompanhar e analisar, notadamente, quanto ao alcance social, à execução do presente Programa e projetos de promoção habitacional;

 

III - Sugerir a elaboração de novos projetos sociais de melhoria habitacional e de infra-estrutura urbana em áreas que requeiram aquelas providências;

 

IV - Promover ou liderar, na comunidade, campanhas ou movimentos de divulgação das ações do Programa Municipal Habitação Popular, bem como de apoio às suas iniciativas.

 

Art. 4º Fica criado ao Conselho de Acompanhamento Habitacional (CAH), constituído pelos seguintes membros: O Secretário Municipal de Assistente Social, 1 (um) Assistente Social do Município, 1 (um) Técnico Responsável pelo Programa Municipal de Habitação Popular, 1 (um) Engenheiro Civil do Município e 1 (um) representante da Sociedade Civil nomeados, pelo Prefeito Municipal, com mandato de 1 (um) ano, renovável por igual período.

 

§ 1º Presidirá anualmente a CAH o membro que for designado pelo Prefeito Municipal, substituindo-se em suas faltas e impedimentos ocasionais pelo Conselheiro presente mais idoso.

 

§ 2º Ocorrendo vaga, na vigência do prazo de mandato de membro do CAH, seu preenchimento, observado o critério estabelecido no artigo anterior será realizado por Decreto Municipal, nomeando o Titular da pasta.

 

§ 3º Sem qualquer justificação de causa, a ausência consecutiva de membro do CAH a 4 (quatro) sessões ordinárias ou a 3 (três) extraordinárias, importa em renúncia do pleno direito, ao respectivo mandato.

 

§ 4º O CAH reunir-se-á, sempre que necessário em reuniões extraordinárias, previamente convocadas, quantas se tornarem necessárias ou forem convenientes a regular a execução de suas tarefas.

 

§ 5º O quorum mínimo exigido será de 3 (três) membros, sendo exequível a decisão que contar com a maioria de votos dos presentes. Registrando-se empate na votação, caberá ao Presidente da Reunião dar novo voto para desempate.

 

§ 6º Compete ao CAH analisar os relatórios elaborados pela Divisão de Habitação, com base nessa análise e em elementos do diagnóstico socioeconômico, autorizar a concessão do benefício regulamentado no presente Decreto.

 

I - Acréscimo de dormitórios;

 

II - Construção e/ou reforma de banheiro da casa;

 

III - Melhoria do telhado, com reparo ou substituição;

 

IV - Reboco;

 

V - Piso;

 

VI - Instalações hidráulicas e elétricas;

 

VII - Pintura

 

VIII - Instalação de pia e tanque;

 

IX - Reforma que garanta acessibilidade a pessoa com deficiência e a pessoa idosa;

 

X - Construção de muro;

 

XI - Outros aspectos não especificados neste artigo e que sejam definidos como reforma por ato do Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social de Presidente Kennedy.

 

Art. 5º O diagnóstico socioeconômico será elaborado pela Divisão de Habitação e homologado pelo Conselho de Acompanhamento Habitacional.

 

Art. 6º Poderão se beneficiar da locação social que trata o inciso IV do art. 2º, deste Decreto, as famílias privadas de sua moradia nas seguintes condições:

 

I - Que ocupem áreas onde serão realizadas intervenções específicas pelo Poder Público de caráter urbanístico ou para sistemas viários, no que se refere à execução de obras e projetos de urbanização que impliquem, necessariamente, na remoção de pessoas ou famílias;

 

II - Em situação de vulnerabilidade social e de risco pessoal e social;

 

III - Estejam em áreas sujeitas a eventos de risco;

 

IV - Nos casos de catástrofe ou calamidade pública, hipótese em que o Projeto do Aluguel Social poderá excepcionalmente ser disponibilizado pelo prazo máximo de 12 (doze) meses e não dependerá de comprovação de tempo mínimo de moradia no Município sendo, porém, obrigatória a apresentação de Relatório de Vistoria Técnica e Social e comprovação de posse do imóvel em situação de risco estrutural ou geológico;

 

V - Em situação de pobreza

 

§ 1º O auxílio será concedido às pessoas que se encontrem nas situações excepcionais e temporárias descritas neste artigo, pelo período de 12 (doze) meses, prorrogáveis mediante avaliação técnica.

 

Art. 7º Para efeito do disposto no inciso II, do art. 6º, deste Decreto entende-se por vulnerabilidade social, aqueles que se enquadrarem nas seguintes situações:

 

I - Vulnerabilidade própria do ciclo de vida, na forma de critérios técnicos definidos em regulamento;

 

II - Desvantagem pessoal resultante de deficiências, que representam qualquer perda ou anormalidade da estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, ou de incapacidade que corresponde a qualquer redução para exercer uma atividade considerada normal para sua idade e sexo, face ao contexto sociocultural no qual se insere.

 

Art. 8º Para efeito do disposto no inciso II, do art. 6º, deste Decreto entende-se por risco pessoal e social, aqueles que se enquadrarem nas seguintes situações:

 

I - Situações circunstanciais e/ou conjunturais, tais como: abuso e exploração comercial e sexual, bem como o trabalho infanto-juvenil;

 

II - Pessoas ou famílias em situação de rua;

 

III - Dependentes do uso e vítimas da exploração comercial de substâncias psicoativas, vítimas de abandono e desagregação familiar;

 

IV - Vítimas de violência doméstica.

 

§ 1º Nos casos de risco pessoal e social o benefício de locação social poderá ser concedido desde que esgotadas as possibilidades de imediata reconstituição do vínculo familiar.

 

§ 2º Para efeito do disposto no inciso III, do Art. 3º, deste Decreto entende-se por eventos de risco a ocorrência de efeitos indesejados e inesperados, tais como: moradias destruídas ou interditadas em função de deslizamentos, solapamentos, inundações, incêndios, insalubridade habitacional ou outras condições que impeçam o uso seguro da moradia, a ser definida por laudo dos técnicos do Departamento de Defesa Civil da Secretaria de Governo.

 

Art. 9º Os critérios para elegibilidades do Programa Habitacional através do benefício Unidade Habitacional serão:

 

I - Residência no município há no mínimo 05(cinco) anos;

 

II - Renda familiar de 0(zero) a 3(três) salários mínimos;

 

III - Não ter sido beneficiado por programas na área habitacional, salvo quando a reforma assegurar a acessibilidade à pessoa idosa e/ou com deficiência;

 

IV - Não possuir imóvel urbano ou rural em seu nome ou em nome de dependente, no Município ou em qualquer outro lugar.

 

Art. 10. Os critérios para elegibilidades do Programa Habitacional através do benefício de Locação Social serão:

 

I - Residência no Município há pelo menos 03 (três) anos ou mais;

 

II - Renda per capta de 1/5 (um quinto) do salário mínimo;

 

III - Não possuir imóvel próprio ou financiado no Município ou qualquer parte do país;

 

IV - Não ter sido beneficiado por programas na área habitacional, salvo quando a reforma assegurar a acessibilidade à pessoa idosa e/ou com deficiência.

 

Art. 11. Os beneficiários dos Programas Habitacionais regulamentados por este Decreto serão prioritariamente os seguintes:

 

I - Famílias com menor renda familiar;

 

II - Famílias com maior número de dependentes;

 

III - Idosos na forma da legislação federal, ou tiver algum idoso no grupo familiar;

 

IV - Cidadãos com necessidades especiais, na forma do Decreto Federal nº 5.296, de 02/12/2004 ou tiver alguma pessoa com deficiência no grupo familiar;

 

V - Mulheres responsáveis pelo domicílio;

 

VI - Residir em situações de risco.

 

Art. 12. Fica criado o Conselho Gestor que será responsável pela Coordenação do Programa de Habitação Popular.

 

Art. 13. Este Decreto será regulamentado no que couber e entra em vigor na data de publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial o Decreto nº 016, de 03 de maio de 2004.

 

Presidente Kennedy-ES, 08 de maio de 2013.

 

Amanda Quinta Rangel

Prefeita Municipal

 

Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de Presidente Kennedy.